Esclerodermia ou esclerose sistêmica é uma doença autoimune, de etiologia desconhecida, e se caracteriza pelo aumento na síntese e deposição de fibras de colágeno, resultando em fibrose, espessamento cutâneo, e no acometimento de órgãos internos, nos sistemas gastrointestinal, renal, pulmonar, cardíaco e reprodutor. Trata-se de uma patologia para a qual não existe tratamento para a cura, logo torna-se importante a redução dos sintomas e incapacidades, melhorando a qualidade de vida do paciente com abordagens terapêuticas interdisciplinares. O presente estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da acupuntura sistêmica associada à moxabustão, como terapia complementar no tratamento das síndromes identificadas à luz da concepção diagnóstica da Medicina Chinesa, visando o fortalecimento da capacidade física funcional, a redução da rigidez e o alívio das dores articulares; e verificar o impacto da terapia na qualidade de vida de uma paciente, a partir da aplicação de um questionário específico para avaliação de portadores de Esclerodermia, o Questionário de Avaliação de Saúde em Esclerodermia (SHAQ). A metodologia consistiu em um estudo de caso avaliado a partir da aplicação do SHAQ antes e após a terapia com 20 sessões de acupuntura e moxabustão, com protocolo de combinação de pontos definido com vistas a dissipar o frio, drenar umidade, nutrir o xue (sangue), fortalecer o Qi, remover as estagnações e desobstruir os canais, dissipar vento, e fortalecer o Yang dos rins. O resultado mostrou diminuição em 50% do EVA de Dor e no escore SHAQ uma redução de 1 para 0 na qualidade de vida. Esse resultado comprova a melhoria na dor articular e da amplitude de movimentos, assim verificou-se que a terapia foi eficaz, com a ressalva de que dada a sensibilidade da paciente ao tratamento, e à criticidade da patologia, melhores resultados poderão ser obtidos com o uso de fitoterápico associado à continuidade do tratamento.
